Mudança na arbodagem inicial do AVCi

Mudança na arbodagem inicial do AVCi

Uma das mudanças interessantes do novo guideline da American Heart Association para o Suporte Avançado de Vida Cardiovascular (SAVC) foi em relação ao algoritmo de tratamento do ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO(AVCi). 

A diretriz propõe que o paciente com suspeita de AVCi, ao chegar no hospital de referência para o exame de imagem, deverá ser avaliado rapidamente pelo médico, o qual deverá levar imediatamente para sala de tomografia, sem “pit-stop” habitual na sala de emergência, caso não encontre uma contra-indicação objetiva.

 

Vamos refletir sobre a recomendação.

 

O porquê? 

Essa mudança já era sugerida há alguns anos pelos “strokologistas” e neurologistas vasculares, pois representa um grande ganho de tempo em relação à principal meta nesses casos: encurtar o tempo porta-agulha.

 

Detalhes

Para os que estão acostumados a trombolisar pacientes com AVCi na sala de emergência referenciada, o fator de atraso no atendimento inicial é sempre um desafio. Para se conseguir um tempo porta-agulha <45 minutos é necessário que toda equipe do hospital esteja alinhada com o protocolo AVCi. 

O fato de poder levar o paciente diretamente para TOMOGRAFIA pode servir como “estímulo” a mais na agilidade e foco das tarefas iniciais da equipe. 

 

RECOMENDAÇÃO: 

  • O médico da unidade de emergência deverá avaliar o paciente de maneira global logo na chegada da ambulância.
  • A transferência da ambulância para radiologia(sala de tomografia) deve ser o mais rápido possível.
  • Insuficiência respiratória, parada cardiorrespiratória, broncoespasmos severo com alteração crítica de sinais vitais são situações que impedem essa conduta. 
  • A meta para o tempo porta-agulha agora deve ser sempre < 45 minutos. 

 

Essa é uma recomendação que devemos procurar seguir, ou pelo menos buscar alcançar na prática clínica. Na prática, isso só será possível em hospitais que tenham protocolo de AVC bem definido e equipe da RADIOLOGIA e EMERGÊNCIA bem treinados.

 

Referências:

https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000918